Importante o texto de Christine Berry da Fundação Nova Economia (NEF) sobre a tendência de banalização da agenda do Bem-Estar como medida de progresso alternativa ao produto interno bruto (PIB) - ver link.
Tudo bem que ela fala especificamente de jornais britânicos e ilustra com duas matérias publicadas na semana passada: “Pirulitos, máquinas de lavar e padrões de sono mostram a verdadeira riqueza de uma nação” pelo The Telegraph, e a sugestão do Independent de que a probabilidade de ouvir o som dos pássaros é um bom indicador de qualidade de vida nas cidades.
O chamado vai para que o tema é muito mais diverso e profundo que a sugestão dada pelos importantes jornais, e essa simplificação pode sugerir o contrário.
Articular a questão de que o bem-estar das pessoas é mais importante que o produto interno bruto vai de encontro a tudo o que temos aprendido no pós-guerra a respeito de progresso das nações. E portanto têm uma carga de contestação da ordem estabelecida e é normal que tentativas de boicote despontem - principalmente nas grandes mídias. O fato é que as evidências mostram que o bem-estar das pessoas é determinado por muitos outros fatores até então ignorados pelas análises econômicas convencionais, lembra Christine.
É a combinação de fatores objetivos e subjetivos, econômicos e não econômicos, que vai nos aproximar de medidas de progresso e desenvolvimento mais coerentes com a pluralidade da vida contemporânea.
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